Uma das métricas mais importantes para a área de Recursos Humanos é a do turnover. O indicador mede a rotatividade de colaboradores, ou seja, os que são admitidos e os que deixam a companhia. Ainda que esse movimento de pessoal seja comum em uma corporação, pois é importante para renovar os quadros da empresa, um índice alto pode prejudicar a produtividade e até mesmo o lucro, já que é mais caro repor do que manter funcionários. Normalmente, é considerada saudável uma taxa de até 10%.
Ao espelhar as decisões dos colaboradores de continuar na empresa ou abandoná-la, o turnover também pode ser considerado um termômetro da satisfação no trabalho e de como está o ambiente corporativo. Por isso, é bom ficar de olho nele.
As causas que geram um alto índice de pedidos de demissão podem ser má gestão, falta de infraestrutura, remuneração baixa e desmotivação profissional.
Os sinais de descontentamento são queda na produtividade, atrasos frequentes, pouco foco no trabalho e faltas do funcionário. Mas, para obter uma antecipação efetiva ao problema, algumas empresas têm desenvolvido sistemas avançados para detectá-lo.
A Bayer é um exemplo. Com uso de inteligência artificial e machine learning, uma ferramenta usada pela farmacêutica prevê o risco de perda de talentos, medindo se o nível está alto, médio ou baixo para cada trabalhador, por meio de dados de desenvolvimento e performance de funcionários. Além disso, sugere medidas a serem tomadas para que possíveis demissionários não concretizem a decisão.
A novidade está sendo desenvolvida desde 2019 e tem gerado estatísticas interessantes, já que os líderes que utilizam a ferramenta conseguem colocar em prática ações específicas para retenção de talentos. Para evitar o turnover, é importante que as empresas pensem em desenvolver seus próprios mecanismos para avaliar a satisfação dos funcionários, tentar entender a situação de cada um deles e atuar pontualmente.
Fonte: Jornal do Comércio